Evento aconteceu no dia 10 de março, na semana do Dia Internacional da Mulher, na Ufes. O diretor da Secretaria de Condições de Trabalho, Francisco dos Santos Filho, o Chiquinho, esteve presente e representou o Sindprev-ES na atividade
Em comemoração à semana do Dia Internacional da Mulher, a Central Sindical e Popular (CSP) Conlutas realizou nessa quinta-feira, 10, às 9 horas, a “Mesa Redonda: Basta das Trabalhadoras Pagarem Pela Crise”, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no auditório do IC-II, no Centro de Ciências Humanas e Naturais (CCHN).
A assesora do Sindprev-ES e coordenadora do Núcleo Capixaba da Auditoria Cidadã da Dívida, Lujan Maria Bacelar de Miranda, e o diretor da Secretaria de Condições de Trabalho, Francisco dos Santos Filho, o Chiquinho, estiveram presentes na atividade. “O debate foi muito importante, as palestrantes colocaram dados importantes. E esse debate vai crescer muito no Sindprev-ES para fortalecermos mais essa luta junto à categoria”, comentou o diretor Chiquinho.
A mesa foi composta pela professora do departamento de Ciências Sociais da Ufes, Lívia Moraes, pela representante do Movimento Mulheres em Luta do Rio de Janeiro (MML/RJ), Paula Falcão, e pela assessora do Sindprev-ES e coordenadora do Núcleo Capixaba da Auditoria Cidadã da Dívida, Lujan Maria Bacelar de Miranda.
A mesa
A questão da dívida pública teve protagonismo na fala da assessora do Sindprev-ES. “As três palestrantes colocaram pontos de vistas diferentes sobre o tema do evento. Eu coloquei a questão da dívida pública como instrumento de manutenção dessa ordem estabelecida, que é uma das causas efetivas da não concretização de diretos”, disse a assessora do Sindprev-ES.
A representante do MML-RJ, Paula Falcão, fez uma análise dos dados em relação às mulheres dentro do mercado de trabalho. Segundo ela, atualmente, 50% da classe trabalhadora é composta por mulheres, e mesmo assim não há equidade de salário. As mulheres recebem 30% menos que os homens, ocupam postos mais precários de trabalho e são mais da metade dos desempregados do país.
“O que nós representamos aqui foi o resultado da crise econômica e os impactos das políticas que são colocadas na vida das trabalhadoras. E uma forma de pensar alternativas que as mulheres precisam construir contra esses ataques”, afirmou Paula Falcão.
A professora do departamento de Ciências Sociais, Lívia de Moraes, falou sobre como o sistema capitalista explora a força de trabalho (não pago). “O capitalismo necessita da submissão da mulher para manter-se. O casamento, por exemplo, é uma maneira de explorar de forma fixa o uso da forma de trabalho da mulher”, falou a professora.
Lívia Moraes ainda emocionou o público ao ilustrar a brutalidade do machismo e a violência contra mulher, com a leitura da carta de Guadalupe Acosta, uma estudante de Comunicação do Paraguai, sobre o assassinato das turistas argentinas Marina Menegazzo e Maria José Coni, no Equador.