Diretor da Fenasps Moacir Lopes destaca importância da luta contra a retirada de direitos
A importância (do evento) está muito bem explicada pela presença das pessoas aqui. Porque se o trabalhador ficar apenas no local de trabalho, ele vai ser mais uma vítima do predador e de todo esse processo que é colocado: a pressão, o assédio moral, a retirada de direitos, precarização”, frisou o diretor da Fenasps Moacir Lopes, durante o Encontro Estadual dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Seguro Social.
O evento foi realizado pelo Sindsaudeprev, no dia 08 de novembro de 2013, no Centro Social, em Balneário Carapebus, Serra.
O encontro contou com participantes das APS de municípios do interior do Estado e da Grande Vitória. Após a palestra, eles se dividiram em grupos e formularam um documento com propostas da categoria para melhoria dos serviços, incorporação de benefícios etc.
Ministro
Durante as intervenções, os participantes citavam as dificuldades que encontram em seus locais de trabalho. E muitos deles alertavam para a necessidade de união da categoria.
Para Lopes, o evento foi uma forma de se fazer a interação entre os trabalhadores e fortalecer a luta da categoria.
“A nossa discussão nacional para garantir nossas incorporações passa por encontros como esse aqui, que ocorrem no Brasil inteiro. E ajuda a categoria a ter noção da conjuntura que ela está envolvida para ela poder saber como lutar. A categoria precisa saber, por exemplo, que o atual ministro da Previdência não fez nenhum movimento para garantir alguma coisa para nós”, expôs o diretor.
Distorção
No encontro, o diretor da Fenasps Moacir Lopes apontou uma das distorções causadas pelo governo federal em relação às 30 horas semanais, que é uma luta antiga da categoria.
“Queremos seis horas como carga horária. Mas ela não é mais uma carga horária. É instrumento de gestão. Para fazer seis horas, tem que alcançar meta. Se não alcançar, o salário reduz, e se tem que fazer 8 horas. Ou seja, eles estão chantageando, isso é assédio moral para se fazer as seis horas, que foi uma conquista como carga horária”, explicou Lopes.
Jovens têm que participar da luta A palestra do diretor da Fenasps foi mediada pela diretora do Sindsaudeprev Marli Brígida, que ressaltou a necessidade dos trabalhadores mais jovens entrarem na luta da categoria.
“Nossa situação é de muita luta ainda. Quem está chegando está numa responsabilidade muito grande. Todos (outros órgãos) já estão com a GAE incorporada, menos nós. O governo alega que vai gastar se aumentar a folha. Temos de lutar, nada vai vir de mão beijada”, pontuou.
O diretor da Fenasps, Moacir Lopes, também reforçou a necessidade dos mais jovens entrarem na luta. “A juventude de hoje é altamente qualificada. A grande maioria já esta formada e tem uma visão própria. Ela precisa entender a luta como um processo devagar, de construção de consciência, e fazer com que a luta faça parte da vida. Pois se quiserem manter um salário melhor que o mercado vão ter que brigar muito”, alertou Lopes.