Diante da falta de compromisso do governo Casagrande em atender as reivindicações da categoria, trabalhadores decidem realizar manifestações. Greve pode ser deflagrada a qualquer momento
Os trabalhadores da Saúde do Espírito Santo entraram em estado de greve, nessa terça-feira, 22 de abril de 2014. A decisão foi tomada pela assembleia geral da categoria, realizada em frente à Secretaria Estadual de Gestão e Recursos Humanos – Seger-ES, no Centro de Vitória.
Além do estado de greve, a assembleia decidiu ainda pela realização de um “Dia D”. A previsão é de que trabalhadores da Saúde se unam a profissionais da Educação e a outras categorias do Estado (base do Sindipúblicos) para um dia de paralisação geral com intensa mobilização dos trabalhadores.
A ideia é de que as atividades do Dia D se concentrem em Vitória. Mas a assembleia deliberou que na data deste protesto sejam realizadas paralisações em todas as unidades e hospitais públicos da base do Sindsaudeprev no interior do Estado.
Vale destacar ainda que uma greve geral da saúde não está descartada. E que o estado de greve é a resposta da categoria frente à falta de compromisso do governador Casagrande em atender as reivindicações da Saúde.
Só uma resposta
Antes das decisões da assembleia, diretores do Sindsaudeprev-ES se reuniram com representantes da Seger-ES e cobraram respostas em relação à pauta de reivindicações da categoria.
A única resposta positiva do governo Casagrande foi em relação ao tempo de avaliação dos laudos da insalubridade, que foi um dos pontos reivindicados pelo sindicato desde o início deste ano. Agora, o prazo para o Sindsaudeprev apresentar os laudos, que vêm sendo feitos por uma empresa contratada pelo sindicato, vai até 30 de junho.
Com isso, caso os laudos do sindicato alterem o recebimento da insalubridade de algum trabalhador ou de algum local de trabalho, os servidores terão direito à retroatividade a janeiro de 2014.
REQUERIMENTO. Esse prazo – 30 de junho – vale também para o trabalhador que fizer a solicitação junto ao Núcleo Especial de Atenção de Pessoal da Secretaria Estadual de Saúde (NEAP/SESA).
No requerimento é preciso falar exatamente o que o trabalhador reivindica: se é a insalubridade retroativa a 2012 ou a nova de 2014.
Clique aqui para imprimir o seu requerimento.
Sem respostas para subsídio, correção na tabela, reajuste salarial
Já em relação às distorções no subsídio, o governo Casagrande segue sua política de muito discurso e nada de solução.
A resposta da Seger é que as questões do subsídio só poderão ser discutidas depois de que o governo amplie a política salarial do subsídio para outras categorias. A questão da progressão por exemplo só deve ter algum avanço a partir do próximo ano.
Outros pontos como correção na tabela, que contemplem reajustes para quem recebe por subsídio, não terão avanços neste ano, que por ser eleitoral já não permite que o governo mexa no Orçamento para pagamento do funcionalismo.
Questões como o tíquete-alimentação serão discutidas na pauta conjunta aos demais servidores estaduais.
Por isso, o Sindsaudeprev convoca a Saúde para vir à luta. Pois para reverter esse quadro, para conseguir avanços de fato, só se a categoria lutar forte contra o descompromisso do governo Casagrande com as trabalhadores e os trabalhadores da Saúde!
Imposto sindical
Por decisão da assembleia da categoria, o Sindsaudprev-ES vai devolver o imposto sindical – descontado de todos os trabalhadores no mês de março – apenas aos trabalhadores filiados ao sindicato.
Cabe destacar que o sindicato só pode devolver 60% do valor pago por cada trabalhador. Isso porque, 20% vão para as federações e 20% para as confederações.