Nos estados e regiões, várias plenárias unificadas também estão sendo realizadas para organizar a paralisação nas categorias, protestos e atos públicos
ia 14 de junho o Brasil vai parar! Esse é o clima que se espalha por todas as entidades, setores e categorias de norte a sul do país. Categorias operárias, como petroleiros, metalúrgicos, eletricitários, construção civil, mineração, entre outros, realizam assembleias e discutem a adesão à Greve Geral. O mesmo ocorre no setor de transportes e seus diversos modais, como rodoviários e setores de carga, metroviários, ferroviários e até setores portuários.
Partindo da luta contra a Reforma da Previdência, todos os setores se dizem fortalecidos pelas mobilizações de massas ocorridas nos dias 15 e 30 de maio contra os cortes na Educação feitos pelo governo Bolsonaro.
“Unificou, unificou, é estudante junto com trabalhador” foi a frase que pode se ouvir em muitas das manifestações ocorridas nos dias 15 e 30. As manifestações contra os cortes na Educação arrastaram milhões às ruas e fortaleceram o chamado à Greve Geral, convocada pelas dez Centrais Sindicais brasileiras.
Confira aqui o panfleto e materiais de convocação da Greve Geral de 14 de junho.
Diante dos ataques à Educação e o alto índice de desemprego, o fórum das centrais atualizou as pautas em torno da construção da Greve Geral. No dia 14 de junho vamos parar o Brasil contra a Reforma da Previdência, os cortes na Educação e em defesa do emprego.
“A construção da Greve Geral está numa crescente e podemos estar diante de uma paralisação nacional ainda maior que a de 2017. No setor de transportes, que é estratégico em todo o país, tudo indica para um forte dia de greve”, disse Altino Prazeres, metroviário de SP e dirigente da Fenametro (Federação Nacional dos Metroviários).
A juventude secundarista e universitária que protagonizou as manifestações contra os cortes na Educação, agora, está incorporada a organização da Greve Geral e em defesa da Aposentadoria.
Presente no ato do #30M, a estudante Luíza Arantes destacou o descontentamento da juventude com os ataques do governo e reforçou que a manifestação era um impulsionador do 14 de junho, dia Greve Geral. “Esse governo continua atacando tanto os estudantes quanto os trabalhadores e é por isso que dia 14 vamos voltar às ruas e fazer uma grande Greve Geral para dizer a esse bando de corruptos que não vamos permitir esses ataques”, disse.
Nesse mesmo sentido está a categoria de professores. Protagonistas das maiores paralisações ocorridas no Dia Nacional de Lutas em 22 de março e os primeiros a convocar as mobilizações do 15M, os sindicatos e federações da categoria também estão integrados na construção da Greve Geral.
“Dando sequência às mobilizações dos dias 15 e 30, a preparação da Greve Geral no setor da Educação aponta para uma grande paralisação no dia 14. Em São Paulo, por exemplo, já houve a aprovação de adesão à greve em assembleias da Apeoesp e do Sinpeem, com professores estaduais e municipais. Nas escolas técnicas, já há indicativo de adesão no Conselho de Diretores de Base e assembleia marcada para o dia 10, bem como uma forte mobilização nas faculdades de tecnologia. A categoria vai se mobilizar e voltar em peso às ruas, pois além da reforma da Previdência, seguem os cortes e ataques do ministro da Educação e de Bolsonaro aos educadores”, disse a professora e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Sirlene Maciel.
No funcionalismo público, segundo Eblin Farage, dirigente do Andes-SN a expectativa é grande de fazer uma grande Greve Geral no dia 14 de junho. Construindo a Greve Geral na educação, Eblin afirma que a preparação é para que as universidades federais, estaduais e municipais, paralisem no dia 14. “Não só por todos os ataques que a educação vem sofrendo, mas também por causa dos ataques na Previdência dos trabalhadores”, disse a dirigente. “O Andes entende que este é um momento de prioridade absoluta para parar o Brasil no dia 14 e dizer a esse governo que nós não concordamos com os retrocessos em curso e que a classe trabalhadora vai resistir e que os profissionais da educação estão juntos construindo a luta”.
“Os trabalhadores já perceberam que essa reforma é o fim da aposentadoria e benefícios do INSS e o clima nas fábricas começa a esquentar”, avalia Luiz Carlos Prates, o Mancha, que é metalúrgico de São dos Campos e também membro da SEN da CSP-Conlutas.
Assim a Greve Geral vai tomando corpo, ganhando muita força por baixo como revelou Irene Maestro, do movimento Luta Popular. “Nacionalmente, temos feito um trabalho a partir do abaixo-assinado contra a Reforma da Previdência dentro das ocupações e bairros para discutir com as pessoas, assim como debates e reuniões. Para o dia 14, já estamos preparando ações pelo país, em que o movimento popular dará sua contribuição para a realização da Greve Geral”, disse.
“Em 2017, derrotamos a reforma da Previdência de Temer e agora podemos enterrar essa de Bolsonaro e Mourão no próximo dia 14 de junho”, disse o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes, que também ressaltou: “É preciso e possível derrotar essa reforma integralmente. Aposentadoria não se negocia. Qualquer entidade ou dirigente que fizer isso estará traindo a classe trabalhadora”.
Nos estados e regiões, várias plenárias unificadas também estão sendo realizadas para organizar a paralisação nas categorias, protestos e atos públicos. Confira:
Plenárias regionais avançam na organização da Greve Geral: dia 14 de junho vamos parar o Brasil!
Fonte: CSP-Conlutas.