Na manhã dessa quinta-feira, 11 de junho, a Fenasps participou de uma nova reunião com representantes da gestão para debater a possível reabertura das unidades. A princípio, conforme declaração do próprio presidente do INSS, Sr. Leonardo Rolim, o instituto trabalhava com a data de reabertura no próximo dia 22 de junho (veja aqui ao relatório dessa reunião).
Tal possibilidade de reabertura causou grande apreensão na categoria, pois todos os dados demonstram um aumento exponencial do número de contaminados e mortos pela Cvid-19 a cada dia. Mesmo que o INSS fornecesse todos os EPIs e cumprisse todos os protocolos sanitários, a abertura das unidades seria um verdadeiro crime contra a saúde pública, um genuíno massacre para os trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, a Fenasps tomou conhecimento da realização de videoconferências da gestão do INSS com os superintendentes regionais, com repasse de regras e condicionantes para abertura das unidades.
Na reunião dessa quinta, 11, a Federação questionou os representantes da gestão sobre essas questões e ressaltou novamente posicionamento contrário à abertura das unidades, aifrmando que seriam tomadas todas as medidas cabíveis contra essa decisão absurda.
Para surpresa de todos, foi informado pelos representantes do INSS que, após uma reunião realizada com membros do Ministério da Economia, inclusive com a participação do Secretário de Previdência, Sr. Bruno Bianco, não havia sido definida a data da retomada das atividades presenciais e que tal decisão seria remetida ao nível do Ministério da Economia e da Casa Civil. Os representantes do INSS informaram que o GT estaria nesse momento trabalhando num cronograma de distribuição de EPIs e não teria incidência direta sobre a decisão da reabertura, que apenas estariam apresentando subsídios para a decisão da retomada ou não das atividades presenciais.
A Fenasps ressaltou que era um absurdo essa política de desinformação, que isso ocasionava o caos nos locais de trabalho, bem como gerava uma angústia muito grande junto aos servidores(as), inclusive incidindo diretamente na saúde mental da categoria. Que era um absurdo esse tipo de prática de desinformação, demonstrando claramente o grau de desorganização e desrespeito com os(as) trabalhadores(as) e suas entidades representativas.
Os representantes da gestão do Instituto foram questionados se era um recuo quanto à decisão que havia sido anunciada pelo próprio presidente, considerando que inclusive já estavam trabalhando com cronograma de reabertura das unidades e a implementação de protocolos para reabertura. Foram também questionados sobre a videoconferência realizada com os superintendentes com as orientações. Neste ponto, os representantes da gestão recuaram, dizendo que não haviam participado da referida reunião e que não tinham conhecimento dessas informações.
A Fenasps considera extremamente grave o fato do INSS realizar uma política de desinformação junto à categoria, principalmente num grave período de crise sanitária, em plena pandemia. Tais atitudes denotam claramente o caos que impera neste governo, onde a vida dos trabalhadores e trabalhadoras está submetida aos lucros e a uma tentativa forçada de retorno à “normalidade” e o fim do isolamento social.
Foi cobrado pela Federação que, se não havia decisão sobre a retomada, que o INSS deveria produzir, portanto, um comunicado oficial com essas informações para todos os superintendentes, gerentes executivos, gerentes de agência e para todos os servidores e servidoras. Também foram solicitados a apresentação dos estudos realizados com base em dados científicos para a permanência das agências fechadas, atribuição tomada devido ao pico da pandemia e o cronograma que o GT tem trabalhado para distribuição dos EPIs e dos protocolos estabelecidos, no caso de reabertura das unidades. Por fim, a Fenasps reivindicou que, além da reunião já agendada com o presidente do INSS no dia 18 de junho, seja realizada, antes, uma nova reunião da DIRAT com a Federação, com sugestão para o dia 15 de junho.
A Fenasps reforça a orientação à toda categoria e aos sindicatos estaduais que estejam atentos e mobilizados contra a reabertura das unidades. Os sindicatos devem procurar os parlamentares para que seja realizada uma pressão pelo congresso, Ministério Público Federal e órgãos da Vigilância Sanitária contra essa política genocida do governo. A Federação não poupará esforços na defesa da vida classe trabalhadora!
A VIDA ACIMA DOS LUCROS!
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Fonte: Fenasps.