Sindicato cobra que Prefeitura pague piso nacional. E quer “saber qual desculpa o prefeito vai dar, pois a Câmara Municipal já se manifesta favorável ao título”
Os agentes comunitários de saúde (ACS) de Sooretama, Norte do Estado, entram em greve por tempo indeterminado a partir da zero hora desta quinta-feira, 10 de julho. A decisão foi tomada pela assembleia da categoria, realizada no dia 04 de julho, em frente à Prefeitura Municipal de Sooretama (PMS).
O Sindsaudeprev-ES convocou a assembleia, informando em edital publicado em jornal de grande circulação no Estado, no dia 02 de julho. O comunicado à população informando sobre a decisão da assembleia pela greve foi feito, no mesmo jornal, no dia 05 de julho.
MINISTÉRIO PÚBLICO: A luta do Sindsaudeprev-ES em favor dos ACS de Sooretama também chegou ao Ministério Público do Estado. A coordenadora da Regional Norte II do sindicato, Geiza Pinheiro, protocolou, nesta quinta-feira, 10, um documento na Promotoria Cível de Linhares (que responde também por Sooretama). Segundo ela, o documento contém uma denúncia do assédio que os ACS sofreram, antes mesmo da greve começar. E também cobra o apoio do MP com relação à pauta da categoria. Geiza tem reunião marcada com a promotora de Justiça Carina Jovita de Sá, às 14h, desta segunda-feira, 14, para discutir os encaminhamentos da denúncia.
Apoio do Legislativo pelo piso. A coordenadora da Regional Norte II do Sindsaudeprev, Geiza Pinheiro, revela que o sindicato e a categoria compareceram em uma sessão da Câmara Municipal, no dia 07. E lá, o sindicato e os trabalhadores tiveram um importante apoio do Legislativo.
Os vereadores do município se manifestaram em favor da aplicação do piso nacional dos ACS/ACE em Sooretama. E de outras reivindicações.
“Agora queremos saber qual será a desculpa do prefeito de Sooretama! Na sessão de segunda-feira, 07, na Câmara, todos os vereadores assinaram o documento de apoio ao piso nacional da categoria de ACS e ACE e também pela efetivação. A efetivação já foi homologada, e ele (o prefeito) não deu. E nem pagou os incentivos do governo federal, que prometeu que iria pagar. E não resolve as questões das condições de trabalho. Por isso, a categoria entrou em greve”, explica a coordenadora Geiza.
O piso nacional aprovado pelo governo federal é de R$ 1.014. Já o incentivo que não foi pago pelo prefeito é de R$ 950.