Trabalhadores definem calendário de lutas com Dia Nacional de Luta com paralisação e construção da greve
Em Plenária Nacional da Fenasps, realizada em Brasília, no dia 12 de abril, trabalhadores e trabalhadoras federais de todo o Brasil decretaram Estado de Greve e aprovaram um calendário de lutas para as próximas semanas.
Entre as atividades definidas estão a realização da Marcha Nacional em Brasília, no dia 7 de maio, o indicativo do Dia Nacional de Luta com paralisação para 15 de maio e a construção da greve por tempo indeterminado.
“Precisamos fortalecer a mobilização para essas atividades definidas na plenária e forçar o governo a negociar Federais em Estado de Greve Trabalhadores definem calendário de lutas com Dia Nacional de Luta com paralisação e construção da greve com a categoria”, apontou o diretor do Sindsaudeprev, Willian Aguiar, que participou da plenária. Além dele, outros quatro delegados representaram o Estado em Brasília.
Governo não responde
Um dos motivos que pesaram para que fosse decretado o Estado de Greve é que o governo não negocia com os trabalhadores. “Entregamos a pauta de reivindicações no ato de lançamento da campanha salarial, ainda em fevereiro. E até agora nada”, informou a diretora do Sindsaudeprev, Marli Brigida. Confira no quadro as principais reivindicações dos trabalhadores.
Só depois que os servidores realizaram um protesto, em Brasília, no dia 19 de março, que o governo recebeu a categoria e se comprometeu a dar uma resposta até o final de março, o que até agora não aconteceu.
Eleições , Copa e manifestações
Segundo as avaliações dos representantes dos trabalhadores na plenária, outros motivos que podem ajudar a pressionar o governo a negociar com os trabalhadores é que 2014 é ano de eleições para presidente, governador, deputados e senadores. Com isso, os políticos podem ficar mais “receptivos” às reivindicações da categoria, já que estariam de olho em votos.
Eles ressaltaram também que as últimas pesquisas sobre avaliação do governo Dilma mostraram quedas na avaliação positiva da presidente. Assim, o governo poderia negociar pensando nos votos dos servidores.
Também foi lembrado que há grandes chances das manifestações de junho de 2013 voltarem durante a Copa do Mundo. E que pode haver uma onda de greves pelo Brasil. Os trabalhadores das universidades federais, por exemplo, já estão em greve há 30 dias, em mais de 35 instituições espalhadas pelo país.
“Por tudo isso, os trabalhadores têm que estar mobilizados e responder com força aos chamados do sindicato para as atividades. Só assim mostraremos nossa força ao governo que terá que ceder”, concluiu Willian.
Calendário
15 de abril – Audiência Pública no Congresso Nacional para tratar da campanha salarial;
28 de abril – Integrar as atividades do Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho;
1º de maio – Integrar e fortalecer as atividades no Dia do Trabalhador e da Trabalhadora em todo país;
7 de maio – Marcha a Brasília e Plenária dos Servidores Públicos Federais;
Principais reivindicações dos trabalhadores federais
▪ Reajuste salarial de 26,61%;
▪ Instituição de uma política salarial que assegure reajuste anual de remuneração;
▪Reajuste do valor do auxílio-alimentação para R$ 751;
▪Alteração do mês da data-base dos servidores para maio.