Base indica voto no candidato que tiver mais chances de derrotar o atual presidente e seus desmandos contra o povo e contra o serviço público. Encontro também abordou a participação do sindicato no Grito dos Excluídos, em setembro. Categoria aprovou ainda que o sindicato entre com uma ação coletiva, para buscar o reconhecimento de que o governo tem que pagar os valores descontados das/os servidoras/es que participaram da greve de 2009
Derrotar Bolsonaro! Essa foi uma das lutas aprovadas pela categoria do Sindprev-ES na assembleia geral extraordinária, realizada no sábado, 13. A reunião ocorreu no Centro de Vitória.
Na assembleia, a categoria rejeitou de todas as formas o voto no atual presidente e candidato à reeleição, e defendeu o “Ele não” – rejeição total a Bolsonaro. A base do Sindprev-ES aprovou a indicação de voto no candidato que tiver mais chances de derrotar o atual mandatário, com base nas pesquisas de intenção de voto.
“Quando eu digo que eu vou anular meu voto, “nem Lula”, “nem Bolsonaro”, eu estou me omitindo. Eu estou votando no projeto fascista neoliberal. Então, se o Lula está na frente, o voto é em Lula, se fosse o Ciro Gomes, seria o Ciro Gomes, se a Simone Tebet estivesse na frente, seria a Simone Tebet. Precisamos reestabelecer a democracia, o diálogo. A gente tem que ganhar no primeiro turno das eleições”, destacou a diretora Marli Brigida sobre a indicação de voto no líder das pesquisas.
“Bolsonaro está acabando com o serviço público. Não tem mais serviço público para o meu filho, meu neto, meu bisneto, pros nossos netos e bisnetos. É fome. É miséria. É exclusão”, frisou Marli.
A indicação de voto contra Bolsonaro não significa dar um “cheque em branco” a qualquer candidato. É a forma do Sindprev-ES se posicionar e marcar a luta em defesa do serviço público, das/os servidoras/es públicas/os, das políticas públicas e dos direitos da população que estão sendo destruídos pelo atual governo. “Derrotar Bolsonaro no primeiro turno é necessário. E o sindicato seguirá na luta pelas trabalhadoras e trabalhadores, pelos direitos da categoria e da população, seja qual for o presidente”, garantiu o diretor do Sindprev-ES William Aguiar.
Grito dos excluídos
Durante o encontro, também foi discutida a participação do Sindprev-ES no Grito das Excluídas e Excluídos deste ano (7 de setembro). O sindicato está participando da construção do ato que, na comemoração dos 200 anos de Independência, chega a sua 28ª Edição e tem como tema “(in)dependência para quem?”.
A marcha está organizada em blocos de entidades/temas, e o Sindprev-ES integrará o bloco 2 da “dívida pública, dívidas sociais e direitos humanos”, junto ao Sindibancários-ES e outras organizações. O ato sairá do Teatro Universitário da Ufes, em Goiabeiras, Vitória, em direção à sede da Petrobras no Estado, na Avenida Nossa Senhora da Penha e, por fim, seguirá para o bairro Itararé, onde ocorrerá a dispersão.
Como parte da organização da categoria no ato, o Sindprev-ES entregará camisetas personalizadas às/aos filiadas/os que participarem da marcha. E o sindicato também está avaliando a possibilidade de entregar coletes personalizados.
Jornada de lutas em Brasília
A assembleia também abordou a Jornada de Lutas que ocorreu em Brasília no início deste mês. Durante as atividades, o conjunto das/os servidoras/es públicas/os participaram de audiências no Congresso e de reunião com o governo.
A luta é para incluir no Projeto de Lei Orçamentária de 2023 a reposição salarial das/os servidoras/es e fazer valer o acordo da greve de 2022. As/Os trabalhadoras/es pararam por mais de 60 dias, entre março e maio deste ano, na luta por direitos. Clique aqui e saiba mais. Vale destacar que, desde a redemocratização, Bolsonaro é o primeiro presidente a não aplicar reajuste salarial para as/os servidores públicas/os federais.
Greve de 2009
Durante a reunião, a base também aprovou que o sindicato entre com uma ação coletiva na justiça, para buscar o reconhecimento de que o governo tem que pagar os valores descontados das/os servidoras/es que participaram da greve de 2009, conforme o acordo de greve. Inicialmente, será necessário lutar pelo reconhecimento da dívida e depois pedir o pagamento dos valores.