Trabalhadoras(es) iniciam o movimento paredista em todos os hospitais do Estado na luta contra o descaso do governo Casagrande com a categoria
As trabalhadoras e os trabalhadores da Saúde Pública do Espírito Santo iniciaram com força total a greve contra o descaso do governo Casagrande com a categoria e com os hospitais públicos capixabas, na manhã desta segunda-feira, 11 de novembro de 2013.
A paralisação segue por tempo indeterminado com piquetes em todos os hospitais da rede pública da Grande Vitória e do interior do Estado, com destaque para o Hospital Dório Silva (Serra), São Lucas e Infantil (Vitória), CRE-Metropolitano e Heac – antigo Adauto Botelho (Cariacica), Crefes, Himaba e Antônio Bezerra de Faria (Vila Velha).
A adesão acontece também no interior em hospitais como o Hospital Geral de Linhares, Silvio Avidos (Colatina), Hospital de São José do Calçado, João dos Santos Neves (Baixo Guandu), entre outros.
“A categoria está inflamada e indignada contra o governo Casagrande. A adesão está forte e vamos seguir com a greve, pois os trabalhadores não aguentam mais trabalhar em locais insalubres e não serem ressarcidos com a insalubridade para poder cuidar de sua própria saúde, pois lidamos diariamente com as mais diversas doenças da população. Mas nossa pauta vai além da insalubridade, pois não temos condições de trabalho, o assédio moral é constante, e o subsídio do governo gerou muita indignação entre os trabalhadores”, pontou o coordenador do Sindsaudeprev, Domingos Cordeiro.
Segundo ele, a luta dos trabalhadores também é em favor da população. “Lutamos pela Saúde Pública e contra a privatização dos hospitais, que vem sendo tocada pelo governo Casagrande. E isso, lá na frente, vai prejudicar a população mais carente. Pois o governo está entregando nossos hospitais para organizações que visam o lucro. E saúde não pode ser feita visando o lucro”, frisou o coordenador.
A greve, que foi deflagrada pela categoria, no dia 07 de novembro, não atinge os setores de urgência e emergência. Porém, os serviços de marcação de consulta e de exames e atendimentos ambulatoriais funcionam com, pelo menos, 30% de sua capacidade.
Reivindicações. A categoria tem uma extensa pauta de reivindicações. Ela reivindica:
- Pagamento da insalubridade – os trabalhadores estão há um ano e cinco meses sem receber o benefício, mesmo atuando em ambientes insalubres;
- As trabalhadores e trabalhadores lutam ainda contra a privatização da Saúde Pública, cujos reflexos são vistos nos hospitais Central, Jayme dos Santos Neves e no Novo São Lucas, todos esses administrados por organizações sociais.
- Lutam também contra todas as formas de assédio moral, contra os baixos salários e contra as péssimas condições de trabalho em toda a rede pública.
- As reivindicações também giram em torno do subsídio, modalidade salarial que o governo Casagrande oferece para categoria, porém que tem gerado muita insatisfação entre os trabalhadores.
Confira aqui a pauta de reivindicações das trabalhadoras e dos trabalhadores da Saúde.