Trabalhadores vão às ruas mostrar ao povo serrano que o prefeito Audifax é o culpado pela paralisação por tempo indeterminado
Os agentes de combate às endemias (ACE) e os agentes comunitários de saúde (ACS) do município de Serra iniciaram a greve da categoria na segunda-feira, 17 de fevereiro.
O movimento paredista foi iniciado com um ato público que percorreu ruas de Serra-Sede, da BR-101 e do bairro Planalto Serrano. A greve segue por tempo indeterminado até que o prefeito Audifax acene com avanços nas negociações.
Os ACE e ACS reivindicam o repasse salarial total do governo federal – que é de R$ 950, mas eles recebem R$ 770; melhores condições de trabalho e acordo coletivo de trabalho. Durante a paralisação, os trabalhadores vão manter 30% dos serviços prestados à população.
“Infelizmente o prefeito Audifax é o culpado por esta greve, pois não cumpre os prazos acordados nas mesas de negociação. Se os ACS e ACE estão em greve, a culpa é sua, Audifax”, ratifica o coordenador do Sindasaudeprev-ES, Domingos França.
Reunião com o prefeito e organização da greve
Após o ato público dessa segunda-feira, 17, o Sindsaudeprev-ES tentou marcar reunião com o prefeito Audifax.
“A greve é nosso último recurso e só deflagramos a paralisação, pois o prefeito Audifax não atendeu a pauta de reivindicações, mas hoje mesmo já tentamos marcar uma audiência com o prefeito. Fomos informados que ele não se encontra na prefeitura, mas que já está sabendo da greve”, informou o coordenador do Sindsaudeprev-ES, Willian Aguiar.
O sindicato orientou os trabalhadores a fortalecerem a greve em cada local de trabalho.
“A partir de amanhã (terça, 18), vocês precisam ir para o local de trabalho, colocar faixas, entregar panfletos explicando os motivos da greve para o povo. Greve se faz com piquetes, como mobilização nos locais de trabalho”, destacou Aguiar.
O coordenador Domingos França lembrou que os trabalhadores não devem ter medo de ameaças.
“Nossa greve é legal, colocamos edital em jornal de grande circulação no Estado, falando que iríamos fazer a assembleia que deflagrou, por unanimidade, a greve, no dia 11 de fevereiro. Depois colocamos também comunicado, em jornal de grande circulação, no dia 12, avisando que a greve começaria no dia 17. A prefeitura também foi avisada. Por isso, vocês não precisam ter medo de intimidação de chefias. Não tenham medo de ameaças. Estamos amparados por lei, e as negociações são feitas entre o sindicato, a prefeitura e a Delegacia Regional do Trabalho”, esclareceu Domingos.
Diante disso, os coordenadores do sindicato convocam: “Vamos pressionar, vamos fazer uma greve forte para alcançar nossas reivindicações”!