Questionário visa identificar a situação trabalhista diante do assédio cometido pela instituição com a reestruturação de trabalho e cumprimento de metas abusivas
Em assembleia geral, a categoria do INSS discutiu a reestruturação do trabalho e as portarias nº 1345 e 1347. A base aprovou a realização de reuniões locais, por área, para conversar com os trabalhadores e trabalhadoras, a fim de entender como está a situação do trabalho, bem como fazer uma pesquisa sobre o adoecimento da categoria e entender como anda a saúde dos profissionais.
Durante a assembleia, realizada de forma virtual, o diretor da Fenasps Moacir Lopes esteve presente e explicitou para a categoria as reuniões que foram feitas com a diretoria do INSS e também fez um histórico da luta das 30 horas.
Com as portarias 1345 e 1347, que extinguiram o Regime Especial de Atendimento em Turnos (REAT), e consequentemente a jornada de 30h semanais, a direção do INSS tem pressionado cada vez mais a categoria e insistindo no cumprimento de metas abusivas. Também foi apontado o acordo que a autarquia fez com o Ministério Público Federal (MPF) para atender a demanda de trabalho reprimido, penalizando ainda mais os trabalhadores e trabalhadoras.
Conforme Moacir, em uma reunião com o INSS, foi apontado que, com esse assédio, com essa demanda de trabalho extenuante, os servidores e servidoras têm adoecido, e a direção da entidade argumentou que não, que o percentual é próximo de zero.
Partindo desse ponto, a categoria do Sindprev-ES aprovou a realização de uma pesquisa com os profissionais para entender a situação do adoecimento e ter em mãos esses dados, e tentar entender também porque há uma “subnotificação” dos dados “oficiais” da autarquia. A base do sindicato também aprovou a realização de reuniões com os servidores das agências para tratar da reestruturação e discutir localmente as questões de reestruturação.
Conforme discussões da base, esses encontros também foram apresentados como uma solução para fortalecer a unidade da categoria para o enfrentamento frente ao aprofundamento do assédio. “A conjuntura desse acordo, que o presidente do INSS fez com o judiciário, nos favorece com a greve. Mas o que nos falta? Falta unidade”, pontuou o diretor José Ramos.
No encontro, também foi aprovada a criação de grupos no WhatsApp para aproximar e ouvir a categoria do INSS.