A base do Sindprev-ES, reunida em Assembleia Geral, no dia 2 de março, definiu manter as mobilizações e o indicativo de greve pela Campanha Salarial 2024. Foi aprovada também a necessidade de construção da greve para o primeiro semestre deste ano.
A reunião, que ocorreu no Centro de Vitória, também elegeu as/os delegadas/os do sindicato para a Plenária Nacional da Fenasps, que ocorrerá em 17 de março, em Brasília.
Na assembleia, a categoria também definiu que seja proposto à Plenária da Fenasps a realização de um Acampamento das/os Aposentadas/os em Brasília, para que o Governo Federal trate com respeito e dignidade as/os aposentadas/os e pensionistas. Ainda como encaminhamento à Plenária, a base do Sindprev-ES deliberou propor à Federação paralisações e atos unificados nos estados e na capital federal.
As/Os trabalhadoras/es também definiram que seja realizada uma Campanha publicitária para sensibilizar a sociedade sobre as/os aposentadas/os e pensionistas e a força do segmento.
A reunião também aprovou apoiar as atividades do Dia Internacional da Mulher, 8 de março, que ocorrerão no Estado. Saiba mais aqui.
Campanha salarial 2024
Durante a assembleia, foram realizadas análises de conjuntura sobre a Campanha Salarial 2024. A tônica do debate foi o rechaço à proposta do Governo Federal de reajuste salarial zero este ano com reajuste nos auxílios (alimentação, pré-escolar e saúde). A proposta exclui aposentadas/os e pensionistas.
As entidades reivindicam 34,23% de reajuste – dividido em parcelas de 10,34% em 2024, 2025, e 2026 – para as carreiras do Bloco I, que diz respeito aos trabalhadores e trabalhadoras do Seguro Social (INSS), Seguridade Social (ou carreira da Previdência, Saúde e Trabalho – CPST) e Anvisa. Para o Bloco II, que inclui outras carreiras, a reivindicação é de 22,71% em três parcelas de 7,06%.
Na última reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), realizada em 28 de fevereiro, o Governo Federal manteve a proposta de reajuste salarial zero em 2024 com reajuste nos auxílios.
As mobilizações e a construção da greve para o primeiro semestre de 2024 são uma resposta a essa falta de negociação do governo.
“A gente tem que lutar por salário digno. A gente tem a necessidade de fazer uma greve para forçar o governo a negociar. Só assim. Não tem jeito. Temos que manter a mobilização, o foco na situação e ver se conseguimos construir a greve para o primeiro semestre. Tomara que o governo negocie antes”, destacou o diretor William Aguiar durante sua avaliação.
William também apontou que o governo tem dividido as/os servidoras/es públicos, recebendo as entidades de forma separada para reuniões, e já tem acordado reajuste de categorias.