Mas Congresso e presidente Dilma são contra a valorização da categoria. Greve em todo Estado será decidida pelas bases em cada município. E pode haver paralisação geral em todo o Brasil!
Os agentes comunitários de saúde (ACS) e os agentes de combate às endemias (ACE) mostraram sua força e sua luta em defesa da aprovação do projeto de lei (PL) 7.495/2006, na tarde dessa terça-feira, 12 de novembro, em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), em Vitória.
Foi a quarta vigília dos ACS e ACE de toda a Grande Vitória e do interior do Estado, que desta vez se concentraram, a partir das 12 horas, em frente à Ales. E não em Brasília, como ocorreu nas três vigílias anteriores.
Ao final do ato, trabalhadores levantam as mãos ao serem perguntados: quem quer greve?
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Em frente à Assembleia, mais de 500 trabalhadoras e os trabalhadores acompanharam a votação do PL 7.495, que estava na pauta, mas, novamente, não foi votado pela Câmara dos Deputados.
Além das palavras de ordem e falas mostrando a importância dos ACS e ACE para a população, os trabalhadores cantaram a íntegra do Hino Nacional, ratificando o amor à Pátria que eles mostram em cada dia de trabalho nas casas de família e no combate às doenças.
Por volta das 15 horas, com boa presença da categoria, ACS e ACE aguardavam detalhes da votação em Brasília
Após a votação ser cancelada em Brasília, pouco depois das 16 horas, os ACS e ACE protestaram, alternadamente, nos dois sentidos da Avenida Américo Buaiz. E muitos carros que passavam no sentido contrário buzinavam manifestando apoio ao ato.
O ato terminou por volta das 18 horas, quando muitos ACS e ACE, sobretudo do interior, já tinham deixado o local para pegar estrada e retornar aos seus municípios.
Governos desinteressados na aprovação do PL, e categoria acena com greve geral no ES!
O (PL) 7.495/2006 regulamenta as atividades e estabelece o piso nacional dos ACS e ACE – de R$ 950. Mas pelo visto, a presidente Dilma e o Congresso Nacional não demonstram interesse na aprovação do PL, deixando claro que não têm interesse em valorizar esses profissionais.
Lugar de luta é na rua! Protesto toma um dos sentidos da Américo Buaiz!
Os prefeitos também não se interessam pela aprovação, pois dessa forma serão “obrigados” a repassar os R$ 950, que recebem do Governo Federal, para custear os trabalhos de cada ACS e ACE. No entanto, a grande maioria das prefeituras não faz o repasse integral. E muitas chegam próximas a esse valor, por conta de benefícios, como insalubridade, vale-transporte etc.
Por outro lado, com o projeto aprovado, os trabalhadores terão que receber os R$ 950 como salário, além dos benefícios. E seria o mínimo que Dilma, deputados, senadores e prefeitos poderiam fazer por esses trabalhadores, que cumprem jornadas estressantes, sofrem assédio moral, sexual e com falta de condições de trabalho.
Greve! Diante dessa falta de compromisso dos governantes, os ACS e ACE, presentes ao final do ato, deliberaram por uma greve geral em todo o Estado. Porém, essa paralisação será decidida em cada base.
“Fomos a Brasília por três vezes fazer vigília lá na Câmara dos Deputados, e vimos o desinteresse político dos nossos deputados em aprovar o piso nacional dos ACS e ACE. Os trabalhadores estão indignados com essa falta de respeito aos ACS e ACE que realizam trabalhos imprescindíveis para toda a sociedade brasileira. Vamos aguardar as decisões das assembleias das bases e nos informamos sobre a possibilidade de uma greve nacional”, informa diretoria colegiada do Sindsaudeprev-ES.
Deliberando por greve ou não, é certo que os ACS e os ACE vão continuar na luta pela aprovação do PL 7.495 e na luta contra o desinteresse das autoridades em valorizar a categoria.
Por isso, novas manifestações podem ser organizadas para pressionar que o projeto entre na pauta e seja votado.
Protesto teve gritos de palavras de ordem contra os governantes. E com previsões de baixa votação para Dilma, em 2014, no que depender dos ACS e ACE
Gravado na memória! As autoridades brasileiras não perdem por esperar. Os ACS e ACE não se esquecerão desse descaso político em 2014, quando Dilma tentará a reeleição, bem como boa parte dos deputados e senadores. E nem em 2016, quando os prefeitos tentarão se reeleger em seus municípios.
São mais de 900 mil ACS e ACE em todo o Brasil, entrando na casa de milhares de famílias, tendo contato com milhões de votos em potencial.
Falta menos de um ano para outubro de 2014, Dilma! Se liga, presidente!
Imprensa dá destaque
O ato dos ACS e ACE foi bem noticiado pela imprensa capixaba. Quatro emissoras de TV exibiram entrevistas e imagens da atividade em seus telejornais.
A luta na mídia! Diretores concedem entrevistas à equipes de TV. Clique na imagem para ampliá-la
