Mesmo com a crise fabricada e com a forte queda, o Brasil é a 9ª (nona) maior economia do mundo. Tem quase a metade do território da América do Sul (47%) e é o 5º (quinto) maior país do planeta em extensão territorial.
Apesar do saque consentido e de sua depredação constante, tem riquezas incalculáveis no seu solo e subsolo, dentre estas cerca de 98% (noventa e oito por cento) de todo o nióbio existente no mundo – um elemento com propriedades físicas e químicas, utilizado para a fabricação de aços especiais utilizado, por exemplo, em gasodutos e foguetes.
Ressalta-se que “em 2010, vazou um documento através da organização internacional Wikileaks que incluía as minas e jazidas de nióbio no Brasil como recursos e infraestrutura estratégicos e imprescindíveis aos Estados Unidos da América” (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ni%C3%B3bio).
Isso sem falar no seu povo batalhador desde sempre e na sua riqueza cultural.
Pois bem, esse nosso país, que amamos tanto com suas cores verde, amarelo, azul e branco e o sangue vermelho e quente, que corre em nossas veias, no dia 17 de abril apresentou ao mundo dois momentos deploráveis, indignos para o nosso país!
O primeiro foi no dia 17 de abril de 1996 no município de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, quando a polícia matou 19 trabalhadores sem terra, que estavam acampados na região e decidiram fazer uma marcha na BR 155, em protesto contra a demora da desapropriação de terras. O governador à época era Almir Gabriel e o presidente da república era Fernando Henrique Cardoso, ambos do PSDB.
O segundo, embora em dimensão não tenha paralelo com o primeiro, pois em 1996 perderam-se vidas, também é deplorável. Trata-se do deprimente espetáculo promovido na Câmara dos Deputados, quando da votação do relatório pró-impeachment, que autorizou o Senado Federal a julgar a presidente da República, Dilma Rousseff, por crime de responsabilidade.
A grande maioria dos/das mais de 500 parlamentares com suas palavras, suas homenagens, suas atitudes, demonstraram não só para o Brasil, mas para o mundo, quem representa o povo brasileiro no Congresso Nacional. E quão vergonhosa é essa representação! Quão indignos/indignas, hipócritas, mentirosos/mentirosas são, de um modo geral, os deputados e deputadas de nosso país. Essa certamente é uma das razões pelas quais, a Câmara dos Deputados não passa de um balcão de negócios, onde os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e as riquezas do país servem como moeda de troca para os interesses mais espúrios e inconfessáveis.
Comandado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, chamado a todo momento pelos seus pares de “gangster”, “ladrão”, “indigno” ao declararem seus votos os/as parlamentares falaram de tudo, especialmente de seus familiares, menos do que efetivamente interessava à população e ao processo desenvolvido naquela casa: o crime de responsabilidade cometido pela presidente da república!
A presidenta Dilma e o seu criador, ex-presidente Lula, junto com seu partido, o PT, colhem o que plantaram ao longo dos seus mandatos!
Abandonaram os trabalhadores, as trabalhadoras e os movimentos sociais que durante décadas lhes apoiaram e foram chafurdar na lama da corrupção com seus antigos adversários e novos aliados. Aliaram-se, inclusive, às velhas raposas como Delfim Neto (ministro da economia na ditadura militar) e Sarney, que passaram a ser conselheiros do presidente Lula.
Tudo fizeram para agradar e acalmar o mercado (ou seja, os banqueiros, que hoje querem suas cabeças), como se observa com o sobe e desce do dólar e da bolsa, inclusive, enviando ao congresso o PL 257/2016, elaborado com representantes dos governadores, no qual, ao mesmo tempo em que propõe uma renegociação da dívida dos Estados e municípios que implicará em mais crescimento ilegal e abusivo da dívida e em mais privatização do que resta de patrimônio público, ataca duramente os direitos da população, em especial dos servidores e servidoras públicas.
Tudo fizeram para agradar o agronegócio, enquanto a duras penas soltavam algumas migalhas para os Sem Terra! Na safra 2015-2016, para o agronegócio, foram destinados R$ 187,7 bilhões, enquanto para a agricultura familiar, que alimenta a população do país, foram apenas R$ 28,9 bilhões.
Para os pobres e miseráveis, o Bolsa Miséria, cujo valor é insignificante! Para um punhado de banqueiros pagamento de juros sobre juros de uma dívida ilegal e ilegítima, que só cresce, enquanto o país, os Estados e os municípios ficam quebrados graças ao Sistema da Dívida, a maior corrupção que existe. Só no ano de 2015 o crescimento foi de R$ 498 bilhões. Esse valor, que corresponde à Bolsa Banqueiro, é muito maior do que tudo que foi gasto com o Bolsa Família até hoje.
A FENASPS e o SINDPREV/ES, independente do Governo de Plantão, sempre foram à luta em defesa dos direitos da categoria e da população brasileira. E sabem que, com impeachment ou sem impeachment, com golpe ou sem golpe, terá que avançar na organização, na mobilização e na luta! Que como ficou demonstrado no dia 17 de abril de 2016 e nas inúmeras operações da Operação Lava Jato, o que se faz necessário é que a sociedade tome para si a tarefa de passar a limpo o nosso país, colocando para Fora Todos os Corruptos e Corruptores e realizando Eleições Gerais, Já, com o acompanhamento e controle da população.
Em defesa dos serviços públicos de qualidade para a população e dos direitos dos servidores e servidoras, não ao PL 257/2016 !
Pela Derrubada do Veto 03/2016 da presidenta Dilma! Auditoria da Dívida Pública, com participação da sociedade civil, já !
Contra a Reforma da Previdência!
Contra a Lei antiterrorismo e a criminalização das lutas!